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26/06/2008

Sobrecarga fiscal atrapalha empresas

A sobrecarga tributária tem sido um dos maiores entraves para os empresários do setor de serviços modernos. ?As empresas de saúde sofrem com a tributação em duplicidade?, queixa-se o médico Alberto Cherpak, diretor-geral do centro de diagnóstico Diagno. Um exemplo dessa situação, segundo Cherpak, é a bitributação no pagamento do ISS (Imposto Sobre Serviços). ?As empresas recolhem 5% do faturamento total e quando vão pagar a conta de cada prestador de serviço, o tributo é recolhido novamente?, reclama.

Na educação, segundo o diretor de Planejamento e Finanças da Faculdade Boa Viagem, Ary Diniz Júnior, as empresas de ensino básico são as que enfrentam os maiores problemas com o Fisco. ?O governo federal facilita para instituições de ensino superior. Estas ficam livres de tributos federais porque cedem bolsas para o Prouni?, explica.

A crescente privatização do setor de saúde e educação, que nem sempre é acompanhada pelo bom nível dos serviços prestados, é outro problema verificado. ?Cresce o número de consultórios médicos populares, planos de saúde e até educação de nível superior. Mas a qualidade nem sempre acompanha?, aponta o economista da Ceplan e presidente do Conselho Regional de Economia, Valdeci Monteiro. ?Outro problema é o baixo grau de controle, de regulação do Estado. Educação e saúde são serviços básicos, empresas de baixa qualidade provocam um comprometimento do futuro?, alerta.

CONSULTORIA

Já na área de consultoria em gestão, segundo a consultora da TGI, Teresa Ribeiro, um dos gargalos específicos é a carência da profissionais, pois a academia não forma consultores. ?A atuação na área exige não só técnica, mas outras habilidades. Em 18 anos de TGI, temos investido fortemente na formação de profissionais. O mercado exige pessoas preparadas. Hoje temos um processo de formação que começa no estágio. Somos 14 consultores e investimos para desenvolver a equipe?, explica.

O estigma das consultorias é outro problema apontado pela consultora. ?Existe uma evolução importante, mas a imagem no mercado é de que o consultor só dá pitaco. Não se compromete com a solução dos problemas e com os resultados?, salienta Teresa. De acordo com ela, esse ponto de vista ainda é reforçado por alguns concorrentes, que ressaltam experiências negativas. ?É uma profissão árdua. Temos que desmontar uma imagem negativa que foi construída?, argumenta.

SOLUÇÕES MÁGICAS

Por fim, Teresa salienta a falta de cultura de contratação de consultorias. E afirma que muitas empresas não compreendem os mecanismos que permitem uma gestão ajustada. ?Há uma demanda por soluções mágicas. Falta paciência e compreensão de que a solução precisa envolver equipes e gestores. Os processos de mudança dependem do envolvimento das pessoas e da participação dos gestores?, enfatiza, revelando ainda uma deficiência relacionada à competição. ?Enfrentamos concorrentes que oferecem maravilhas e inventam soluções mágicas. Uma concorrência por competência ajudaria a alavancar o segmento?, pontua.