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20/11/2008

SEC quer regra contábil livre de influência política

por Gazeta Mercantil
 
Quem for estabelecer um padrão global não deve ser influenciado por "defensores especiais, independentes do processo político"

O presidente da SEC, Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, Christopher Cox, disse que a criação de regras para a prestação de contas deve permanecer livre da interferência política e industrial caso as companhias norte-americanas tenham de começar a seguir os padrões internacionais.

Quem for estabelecer um padrão global não deve ser influenciado por "defensores especiais, independentes do processo político" e dos "players da indústria", disse.

Poderia ser exigido das companhias norte-americanas com ações na bolsa que migrem dos padrões de contabilidade doméstica para as regras internacionais até 2014 sob um "mapa" da SEC emitido em 14 de novembro. Algumas companhias poderiam fazer a mudança já em 2010. A agência disse que vai determinar até 2011 se vai impor a migração.

O Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira dos Estados Unidos (US Financial Accounting Standards Board, Fasb) reclamou sobre os esforços para influenciar a criação de regras depois que autoridades e a associação dos bancos pediram à SEC para afrouxar as regras para a contabilidade de valor justo, o que exige que companhias reduzam os preços de seus ativos todo trimestre para refletir as condições de mercado. A Sec fiscaliza a FASB.

Segundo a SEC, combinar os regulamentos dos EUA e do exterior vai ajudar as companhias a reduzir os gastos eliminando a contabilidade em duplicata e os investidores vão se beneficiar dos custos reduzidos relativos ao cumprimento de regras.

O senador Jack Reed, que lidera um painel para questões bancárias que fiscaliza a SEC, criticou os passos da agência em direção às regras internacionais. Terceirizar a fiscalização delegando-a a reguladores menos agressivos pode colocar os investidores em risco, disse o democrata de Rhode Island.

A proposta da SEC está aberta para um período de observação de 90 dias, que termina no dia 19 de fevereiro. Assim os representantes vão votar a respeito da regra depois que o presidente eleito, Barack Obama, suceder o presidente George W. Bush no dia 20 de janeiro.