Pessoas físicas foram as mais afetadas por Madoff no Brasil
Clientes em sua maioria pessoas físicas, com pequenas fortunas no Exterior, vindas quase integralmente de rendimentos não declarados, e que buscavam investimento com baixa taxa de risco. Este é o perfil básico dos brasileiros que perderam dinheiro em cotas de fundos administrados pelo ex-presidente da Nasdaq Bernard Madoff, preso esta semana nos Estados Unidos acusado de fraudar Wall Street em US$ 50 bilhões, segundo informações do O Estado de S. Paulo.
De acordo com um investidor, que pediu para não ser identificado, o fundo rendia relativamente pouco, comparado a outros investimentos de maior risco: o ganho girava entre 7% e 8% ao ano.
? Quem tem dinheiro declarado opera no mercado ? diz a fonte, justificando o fato de as aplicações serem de renda não declarada, mais conhecida como caixa 2.
O esquema de Madoff era alimentado por 20 fundos diferentes, que segundo ele ainda não apareceram e cujo volume de recursos também não é conhecido. No Brasil, argumenta a fonte, a maioria dos investidores sequer sabia que o fundo era ligado ao especulador. Muito menos que se tratava de um modelo como o da pirâmide, no qual o dinheiro de novos investidores remunera aplicações anteriores, até que a base da pirâmide fica com o prejuízo.
As estimativas de perda total estão entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões para brasileiros.