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15/01/2009

Nível de calote das empresas no mundo deve subir, diz Moody's

Bloomberg
 
NOVA YORK - A inadimplência corporativa em todo o mundo pode crescer para 15,1% nos próximos 12 meses, uma vez que a economia vai se tornar "perigosa", segundo a Moody's Investors Service. A agência revisou para cima a sua previsão anterior em quase 50%.

Cerca de 300 empresas não vão conseguir honrar seus compromissos neste ano, o equivalente a uma média de 25 empresas por mês, disse um relatório divulgado hoje pela Moody's, sediada em Nova York. A taxa de calote de empresas com grau de investimento especulativo era de 4% no final de 2008. No mês passado, a Moddy's projetou uma taxa de calote de 10,4% para o fim de 2009.

"As condições econômicas mundiais são agora substancialmente mais problemáticas e mais perigosas do que eram nos dois ciclos de crédito anteriores, em 1990-91 e 2001-02", segundo a nota divulgada hoje por Kenneth Emery, diretor de pesquisa sobre calote de empresas da Moody's.

Perdas com crédito e baixas contábeis de cerca de US$ 1 trilhão em instituições financeiras em todo o mundo, combinadas com a maior desaceleração econômica desde a Segunda Guerra Mundial, enfraquecem as empresas financeiras e reduzem drasticamente o capital de giro que elas poderiam usar para pagar suas dívidas. A Nortel Networks Corp., a maior fabricante norte-americana de equipamentos para telefones, entrou hoje com um pedido de concordata nos EUA. Os calotes nos EUA devem crescer para 15,3% até o fim do ano e, na Europa, podem chegar a 18,3%, diz a Moody's.

A disparada da taxa de inadimplência prevista pelo modelo da Moody's está sendo puxada pelos rendimentos de bônus corporativos "sem precedentes" em relação aos títulos do Tesouro norte-americano, pelo mais baixo conjunto de classificações já registrado e pela expectativa de que a taxa de desemprego nos EUA cresça, dos atuais 7,2% para 9 % até o fim do ano, disse a agência de classificação.

"Pelo fato de as determinantes do modelo estarem fora da experiência histórica recente e de as condições econômicas futuras permanecerem altamente incertas, a previsão de calote está sujeita a alguma margem de erro neste ambiente", diz a nota de Emery.

O índice de problemas com empresas de grau especulativo iniciado pela Moody's em 2006, cresceu para o nível recorde de 53,1% no final de 2008. Esse índice começou a crescer no fim de 2007 e "aumentou acentuadamente" nos últimos três meses de 2008, disse a Moody's.

Ocorreram 104 calotes corporativos de empresas classificadas pela Moody's no ano passado, dos quais 22 aconteceram em dezembro. Das empresas que não honraram seus compromissos em 2008, 86 eram dos EUA e Canadá, e 12 da Europa.