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09/04/2009

Empresas de pequeno porte querem avançar na venda eletrônica

O comércio eletrônico, também chamado de e-commerce, cresceu muito no cenário comercial do País com a atuação maciça de grandes empresas. No Brasil, ele é praticado por 60 mil empresas, mas apenas 18 detêm 80% do faturamento total.

Auxiliar esse canal de comércio a se expandir entre as micros, pequenas e médias empresas foi o tema central de seminário realizado ontem pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Camara-e.net, na capital paulista. O Ciclo de E-commerce para Micro, Pequena e Média Empresa teve a sua primeira edição no ano passado e, desta vez, atraiu número maior de interessados em receber informações sobre um canal de vendas ainda pouco explorado pelos pequenos negócios.

Durante o evento, a superintendente de Marketing da ACSP, Sandra Turchi, lançou o "WebFórum de e-commerce para MPEs" (www.acsp.com. br/e-commerce). O fórum orientará os empresários de pequeno porte na infraestrutura necessária para montar uma loja virtual. Abordará também registro de domínios, hospedagem de site, gestão de risco, meios de pagamento, logística e webmarketing. A ideia é que as empresas que queiram ampliar a atuação no mundo virtual troquem soluções e experiências entre si. "Queremos que as 59.982 empresas de pequeno e médio porte que ainda não ingressaram no sistema, aumentem a participação para a faixa de 30% do total da receita" disse Sandra. Segundo ela, entre os problemas enfrentados por essas empresas estão a falta de conhecimento e de estrutura. "Geralmente é o próprio dono que cumpre todas as funções", diz.

O fórum também divulgará serviços oferecidos para os associados da Associação Comercial, como a solução terceirizada de pagamento internacional. A mercadoria pode ser parcelada em diversas vezes pelo comprador, mas o vendedor recebe de uma só vez, logo após fechar o negócio.

Facilidade para montar o negócio

Meia hora deste seminário me poupariam dois meses de busca de fornecedores para a minha empresa virtual. Foi assim que a microempreendedora Marta Pessoa definiu a importância do seminário realizado pela Associação

Comercial de São Paulo (ACSP) e a Camara-e.net ontem em São Paulo. Ela criou uma empresa virtual de modelagem de roupas. Marta já atuava na área de TI , mas para desenvolver a loja eletrônica teve que fazer um levantamento minucioso de fornecedores. "O seminário entrega tudo pronto", concluiu.

O seu negócio é uma terceirização da mão-de-obra de modelagem. Confecções e pessoas físicas que querem roupas personalizadas recebem via correio eletrônico um arquivo com os modelos, ganhando tempo e reduzindo custos. "O desafio é mostrar ao cliente que ele vai ter uma roupa com qualidade igual ou superior à desenvolvida por seus próprios meios, por preço mais baixo", diz Marta.

Ela já vende para o Rio de Janeiro, Brasília, Nordeste e interior paulista. "Isso seria impossível sem o mundo virtual".

Mercosul - Empreendedores brasileiros poderão alcançar mercados ainda mais distantes. Isso porque a União Européia está fomentando o projeto Mercosul Digital com investimentos totais de 7 milhões de euros. Desses, 473 mil euros serão destinados às micros e pequenas empresas. O evento de ontem já faz parte das ações cobertas pelo Mercosul Digital. Os próximos passos serão a realização de estudos para detectar os nichos de mercado, desenvolver soluções de portal para o comércio B2C (venda direta ao consumidor) e aprimorar a logística.

De acordo com o representante do Mercosul Digital do Paraguai, Celso Alejandro Bareiro Recalde, será necessário nivelar as condições do setor nos quatro países do bloco. O Paraguai, por exemplo, demandará investimentos para o desenvolvimento de certificação digital.