icon
(47) 3326-3677

Blumenau / SC

icon
Atendimento

Segunda à Sexta
8h às 12h - 13h às 17h30

icon
Área Restrita

Exclusiva para Clientes

16/04/2009

Falta de informações dificulta adequação ao Sped

SÃO PAULO - A resistência de algumas empresas ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) pode não estar relacionada somente às dificuldades de cadastramento no sistema ou à redução de custos por conta dos efeitos da crise. De acordo com o autor do livro "Big Brother Fiscal sobre o Sped", Roberto Dias Duarte, ainda há uma grande lacuna de conhecimento nas empresas sobre o que é o projeto.

Ele explica que se trata de uma ferramenta técnica para obter informações sobre fraudes e sonegações e também de gestão, pelo qual se tem uma resposta a respeito do que foi investido.
 
?Este é um projeto ?multidisciplinar? que abrange conhecimentos e profissionais de diversas áreas?, afirma. Segundo o especialista, o Sped não deve ser encarado como uma questão somente fiscal ou de TI.
 
?Os empresários acreditam que só o governo se beneficia com o projeto. É claro que há custo, mas sai muito mais barato do que colocar tudo no papel?, afirma.
 
Além da redução de custos com emissão e armazenamento de documentos, o novo procedimento digital permite a troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de arquivo padrão e o cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais.
 
A facilidade de acesso às informações vai aperfeiçoar a fiscalização da Secretaria da Fazenda e da Receita Federal e o envolvimento involuntário em práticas fraudulentas também é reduzido. "Trata-se da inserção das autoridades legais na Era do Conhecimento", pontua Duarte, sobre a necessidade de rigor com os dados atribuídos pelas corporações em seus sistemas.
 
?As empresas que são competitivas por questões não muito éticas passarão por regulamentação?, assegura.

Margem

A prorrogação do prazo para adequação das empresas ao Sped vai permitir mais tempo hábil para quem ainda não se ajustou às normas.
 
O principal motivo alegado para o atraso seria a contenção de custos em decorrência da crise mundial. De acordo com Duarte, ?as empresas que subdimensionaram o tamanho do problema e deixaram para a última hora terão prejuízo?.
 
Segundo o levantamento da consultoria everis - feito com 88 das 500 maiores companhias do País -, metade das empresas ouvidas ainda não fez a adequação de seus sistemas para emitir a NF-e. Além dela, a escrituração fiscal (EFD) foi finalizada por 11% das companhias e a contábil (ECD), por apenas 10%.
 
*Colaborou Felipe Dreher, do ITWeb