Balanço de limitada pode melhorar concorrência
Esse é o caso da
"Depois que abrimos o capital e os concorrentes viram o quanto do mercado de calçados infantis temos, muitos passaram a imitar a estratégia de vendas da Grendene", diz Doris Wilhelm, gerente de relações com investidores da calçadista que estreou na bolsa em novembro do ano passado.
O setor de calçados brasileiro é formado por cerca de 7 mil indústrias, das quais apenas três divulgam abertamente seus resultados: Azaléia, Grendene e São Paulo Alpargatas. "Se todas as empresas tivessem acesso às mesmas informações, ficaria mais fácil traçar um panorama da indústria", afirma Wilhelm.
Pela proposta de mudança na Lei das Sociedades Anônimas, companhias fechadas com uma receita bruta anual de R$ 300 milhões e ativos superiores a R$ 240 milhões publicariam seus demonstrativos financeiros da mesma forma que as empresas de capital aberto fazem hoje.
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Mas, para Pinheiro, o piso mínimo de R$ 300 milhões de faturamento anual ainda é alto. O ideal, segundo ele, seria algo em torno de R$ 20 milhões, para abranger um universo muito maior de companhias brasileiras.
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Mas não são todas as empresas de capital aberto que concordam com essa idéia. A Abrasca, entidade que as representa, tem uma posição contrária. "Deve haver um diferencial entre as empresas que captam recursos do público das que não captam", afirma Alfried Plöger, presidente da Abrasca e sócio da
Para Plöger, não haverá benefício para a sociedade com a publicação das demonstrações financeiras. "Isso interessa aos acionistas das limitadas, que em geral são poucos", afirma ele.