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Indústrias e sindicatos juntos

Valorização cambial e queda da taxa de juros. Estes foram os pontos mais repetidos nos discursos de diretores sindicais e empresários que subiram no carro de som estacionado em frente à Assembleia Legislativa (AL), em Florianópolis, durante o protesto de ontem contra a desindustrialização ? que consiste na redução da capacidade produtiva da indústria.

A reclamação dos manifestantes é de que as importações da China estão desmontando cadeias de produção, causando fechamento de indústrias e desemprego. O presidente nacional da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que as vagas nas empresas são mais bem remuneradas do que no comércio e agronegócio.

Após as falas, representantes do movimento se encontraram com o presidente da AL, Gelson Merisio (PSD). Ele prometeu encaminhar as reivindicações e disse que a possibilidade de desindustrialização incomoda. Um representante do governo estadual foi convidado, mas ninguém apareceu.

O presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Glauco Côrte, explicou que o parlamento é o local ideal para a mobilização. Afirmou, ainda, que empresários e sindicatos vão ter mais força para sensibilizar o governo federal se conquistarem o apoio da sociedade. Côrte disse ainda que não quer vantagens, apenas condições iguais de competição.

O presidente da Força Sindical acredita que os protestos, que se repetirão em sete capitais e Brasília, terão resultados práticos. Ele espera aumento do IOF para investidores externos, desoneração da folha e aumento do IPI para importados, mas reclama que as medidas são direcionadas a alguns setores, quando deveriam ser estendidas a toda a indústria do País.

Fonte: A Notícia