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11/01/2013

Encontre harmonia entre a vida profissional e pessoal

Como não deixar a busca pela ascensão na carreira atrapalhar a relação com você mesmo, cônjuges e filhos.

O crescimento profissional vem sempre acompanhado de muita dedicação, esforço e horas extras e quem acaba sentindo na pele os efeitos desse ?afastamento? são cônjuges e filhos. Para tentar equilibrar a vida profissional e familiar, a saída é relativamente simples: reflexão e diálogo.

?Um bom ponto de partida é pensar na importância que a família e o trabalho ocupam na sua vida. Se ambos estão no mesmo nível de relevância. Feito isso, o ideal é conversar com o cônjuge sobre escolhas e próximos passos a serem dados a fim de o impasse ser resolvido?, sugere a psicóloga Angélica Rodrigues Santos, co-autora do livro Família, Afeto e Finanças. Para ela, é importante que os envolvidos estejam abertos às negociações, ou seja, estabeleçam limites, cedam e façam trocas, e que participem das decisões do profissional, de forma que a ausência será mais bem compreendida.

Marcelo Ramos, vice-presidente e gerente-geral da GXS para América Latina é casado, tem dois filhos e seguiu à risca essas sugestões até encontrar o equilíbrio. ?Antes de casar já buscava a ascensão profissional e, diante dessa perspectiva, estabeleci alguns limites e procurei sempre ser transparente com minha esposa. Na ocasião expliquei que minhas metas profissionais exigiriam muita dedicação, mas ponderei que os frutos seriam colhidos?, diz, lembrando que sempre que podia leva a esposa junto em viagens. Outro ponto combinado entre eles é o de tomar café da manhã juntos, hábito mantido com o nascimento dos filhos. ?O jantar é parcialmente sacrificado, já que a empresa multinacional e trabalho com funcionários que estão em diferentes fusos horários. Mas o café da manhã é sagrado?, afirma. Ele também procura levar os filhos à escola, assim como ligar ou mandar uma mensagem ao término da aula. !O que também fazemos é passar os finais de semana praticando os esportes que gostamos. Procuro sempre estar por perto dos meninos, para acompanhar seu crescimento.? Se esse tipo de iniciativa não for tomada pelo casal, a tendência é de os filhos se sentirem rejeitados, de acordo com Angélica. Para ela, nem sempre é necessária a presença física do pai ou mãe, mas apenas mostrar, de alguma forma, que esteve por perto, como com um bilhete deixado embaixo do travesseiro, por exemplo.

Também é bastante comum os profissionais tentarem suprir sua ausência com dinheiro, principalmente com a compra de presentes ao cônjuge e filhos. O contrário também acontece: o cônjuge gasta muito e descontrola as contas. ?Essa é uma maneira inconsciente de tentar equilibrar a vida profissional e familiar, medida esta que não funciona.? Daniela Ribeiro, gerente sênior das divisões de engenharia e marketing & vendas da Robert Half lembra que se não for dada a devida atenção à família é provável que o profissional tente correr atrás do tempo perdido, afetando seu desempenho profissional. ?Já presenciei inúmeros casos de profissionais que pediram demissão porque não conseguiam passar mais tempo com a família. Por isso, a busca pelo equilíbrio desde cedo é imprescindível.? Marcelo acredita que as medidas adotadas em conjunto com esposa e filhos têm dado certo. ?Claro que gostaria de passar mais tempo com eles, mas acho que tem funcionado bem?, completa o executivo.

Saúde
Se muitas vezes a família é deixada de lado, os cuidados com saúde ficam em terceiro plano. ?A busca pela realização profissional cada vez mais cedo leva muitos executivos a fazerem loucuras. Hoje, o corpo não revela marcas, mas os danos serão observados no futuro. O ideal, assim como dar atenção à família, é se preocupar desde cedo com a saúde, não pulando refeições e se exercitando?, ressalta a gerente sênior da empresa de recrutamento.

Desempenho no trabalho ganha com o equilíbrio
Diretores financeiros brasileiros são os que mais se preocupam com isso, aponta a Robert Half

O equilíbrio entre o trabalho e as obrigações pessoais afeta positivamente o desempenho no trabalho, principalmente para diretores financeiros brasileiros. É o que aponta pesquisa realizada em 15 países e grandes centros pela empresa de recrutamento Robert Half. Para 57% dos entrevistados do Brasil, esta capacidade tem um impacto muito positivo enquanto na média mundial apenas 39% dos executivos afirmam que o desempenho no trabalho é muito impactado positivamente.

Entre os fatores apontados pelos executivos brasileiros que contribuíram com maior ênfase para a empresa se tornar mais produtiva do que há um ano estão: ?a equipe está fazendo mais com os recursos existentes? (40%), ?melhoria nos processos /infraestrutura? (40%) e ?avanços tecnológicos? (35%).

A pesquisa também revelou que um em cada cinco diretores financeiros brasileiros comandam equipes que trabalham mais do que as horas contratadas todos os dias e outros 33% disseram que as horas extras ocorrem entre duas ou três vezes por semana. Na média mundial, apenas 17% dos entrevistados apontam que os funcionários trabalham mais do que as horas contratadas todos os dias.

Segundo 45% dos diretores financeiros brasileiros entrevistados pela Robert Half, trabalhar mais do que as horas contratadas afeta positivamente a moral dos profissionais, enquanto 30% diz afetar negativamente e outros 25% revelam não haver impacto. Na média mundial, 38% acreditam que trabalhar acima do contratado afeta positivamente a moral dos executivos.

Fonte: Brasil Econômico