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14/07/2005

Brasileiro está mais endividado, revela estudo

 

 

O nível de endividamento do brasileiro não pára de crescer desde o ano passado, apesar da escalada dos juros. Estudo da MS Consult mostra que, em maio, o saldo das operações de crédito à pessoa física correspondeu a 65% da massa de salários (multiplicada por 12 meses). O índice deu um salto desde julho do ano passado, quando estava em 52%.
O indicador, segundo Jorge Simino, diretor da MS Consult, é uma forma de estimar o nível de endividamento das pessoas, diante da ausência de pesquisas nacionais sobre o tema. Esse percentual vem em ascensão desde 1996, quando o volume de crédito equivalia a 25% da massa salarial. Do início de 2000 a meados de 2001, o indicador saltou de 30% para 50%, oscilando entre 45% e 50% até o final de 2002. De janeiro de 2003 a maio deste ano, o índice cresceu de 45% para 65%.
O indicador é calculado dividindo-se o volume total de operações de crédito para pessoas físicas (dados do Banco Central) pela massa salarial nominal mensal (IBGE) multiplicada por 12 meses. O pressuposto é que, ao tomar crédito, a pessoa conta com a manutenção da renda nominal pelo prazo de um ano. No varejo, o prazo médio dos financiamentos está em 14 meses.
Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, feita pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo, restrita à região metropolitana, mostram que também vem crescendo a parcela da renda comprometida com prestações. Em junho, os endividados tinham 39% da renda comprometida com prestações a pagar.
Em fevereiro do ano passado, quando teve início a pesquisa, esse índice era de 32%. "O dado inclui dívidas com cartão de crédito, cheque especial, empréstimo pessoal --inclusive o crédito consignado-- e prestações em geral", diz Antonio Carlos Borges, diretor-executivo da Fecomercio.
O atual nível de comprometimento de renda com dívidas é considerado alto pelos analistas. "As dívidas feitas para consumo não deveriam ultrapassar 20% da renda. Apenas no caso da compra de imóvel, quando a pessoa está substituindo o aluguel pela prestação, admite-se um comprometimento de 30%", observa o consultor financeiro Mauro Halfeld, professor da Universidade Federal do Paraná.

Fonte: Folha de São Paulo