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22/11/2013

Dólar sobe 1,64% e encosta em R$ 2,31 por preocupação com BC dos EUA

O dólar comercial fechou em alta de 1,64% nesta quinta-feira (21), a R$ 2,307 na venda. É a maior alta percentual diária desde 5 de novembro, quando subiu 1,98%. Segundo dados da Bovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,6 bilhão.
Investidores estavam de olho no programa de estímulo econômico do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), que injeta, todo mês, US$ 85 bilhões na economia dos EUA.

Na última reunião, o Fed decidiu manter o programa, mas deu a entender que pode começar a reduzir esses estímulos em seus próximos encontros, segundo ata divulgada nesta quarta-feira (20). 

Os conselheiros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) devem se reunir nos próximos dias 17 e 18 de dezembro.
BC faz operações para segurar cotação do dólar

O Banco Central do Brasil vendeu, nesta quinta, a oferta total de 20 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalente à venda de dólares no futuro) na sexta etapa da rolagem dos swaps que vencem em 2 de dezembro.

Entre os novos contratos, 5.500 têm vencimento em 1º de agosto de 2014 e os outros 14,5 mil contratos têm vencimento em 2 de maio de 2014.

A operação movimentou o equivalente a US$ 991,4 milhões. Somando as seis operações já feitas, a autoridade monetária já rolou US$ 5,932 bilhões ou 58,7% dos US$ 10,110 bilhões do vencimento total.

O BC deu início ao processo de rolagem na semana passada e fez ofertas de 20 mil swaps em cada leilão, vendendo sempre o lote total.
Atuação do BC no mercado de dólar

O Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio nesta quinta.

Foram vendidos 4.900 contratos com vencimento em 5 de março e 5.100 em 2 de junho de 2014. A operação movimentou US$ 497 milhões.

De segunda a quinta, são realizados leilões equivalentes à venda de dólares no mercado futuro; às sextas, são feitos leilões de venda de dólares com compromisso de recompra.
Fim do estímulo nos EUA preocupa investidores no mundo todo

Nos últimos meses, os investidores estão preocupados com a recuperação da economia dos Estados Unidos. Com sinais de que o país está superando a crise, o banco central do país começou a avaliar uma redução em seu programa de estímulos.

Atualmente, o Fed injeta US$ 85 bilhões nos mercados, em um programa conhecido como QE3. O BC americano tem utilizado uma ferramenta clássica de política econômica para fazer essa injeção de recursos: a compra de títulos públicos (pedaços da dívida estatal, vendidos pelo Tesouro dos EUA) em mãos de investidores e bancos.

Sem essa enxurrada de dólares e com juros mais altos nos EUA, os investidores tendem a preferir opções consideradas mais seguras, e tirar recursos de países emergentes.

Dólares baratos que alimentaram um boom no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na última década diminuíram desde que o Fed alertou, em maio, sobre a redução do esquema de compra de títulos dos EUA.

Fonte: Uol