Governo reduz a previsão do PIB para 3,4%
A economia brasileira não deve gerar R$ 21 bilhões a mais de riquezas neste ano. O valor estava previsto como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2005. Ontem, a previsão foi rebaixada pelo Ministério do Planejamento. Pela estimativa oficial, o país não deve mais crescer 4% este ano, e sim 3,4%.
O mercado já trabalhava com uma estimativa mais pessimista para o ano em função da manutenção dos juros altos. As previsões para o PIB oscilam entre 3% e 3,5%. No entanto, a crise política influenciou uma revisão para baixo das riquezas geradas pelo país ao longo deste ano.
O ministério também reduziu em R$ 500 milhões a previsão de crescimento do superávit primário. Os dados são do Relatório de Avaliação das Receitas e Despesas do Orçamento 2005, que já foi enviado ao Congresso Nacional.
Nos dados referentes ao terceiro bimestre do ano, o governo aponta a possibilidade de ampliar em R$ 509 milhões os gastos de custeio do governo federal.
Redução no déficit da Previdência
Também foi reduzida em R$ 666 milhões a estimativa de receitas. Este resultado se deu principalmente nas arrecadações administradas pela Receita Federal, como observado no Imposto de Importação (menos R$ 722 milhões), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), menos R$ 905 milhões, e Cofins (menos R$ 919 milhões).
Apesar da queda global, foi elevada a perspectiva de arrecadação do Imposto de Renda (mais R$ 1,283 bilhão) e Contribuição sobre lucro líquido (CSLL) (mais 465 milhões).
O Ministério do Planejamento estima também que o déficit da Previdência terá redução de R$ 623 milhões tendo em vista o aumento de arrecadação no mês de junho e a elevação nas despesas de execução obrigatória de R$ 279 milhões, oriunda principalmente da incorporação de despesas de pessoal não incluídas nas avaliações anteriores.
Fonte: Diário Catarinense