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14/08/2015

Empresários mostram o caminho para contornar a crise

O empreendedorismo em momentos de crise foi discutido por grandes empresários na 14ª edição do Encontro PME, que ocorreu na manhã desta quinta-feira, no Espaço Itaú de Cinema, no Shopping Bourbon, em São Paulo. Por mais que a situação político-econômica esteja complicada, os empresários procuraram mostrar que existem grandes oportunidades para quem pretende abrir o próprio negócio. Segundo eles, uma coisa é certa: não vai faltar trabalho.

1º módulo

 A discussão sobre moda e varejo abriu o Encontro PME com a participação de David Bobrow, da Tip Top, e Fred Wagner, da Track&Field. "Não adianta querer resolver os problemas da empresa durante a crise, tentando mudar tudo. As coisas precisam ser antecipadas", disse.

Segundo Bobrow, dois fatores estão ajudando muito na Tip Top. O primeiro é ter uma equipe bem treinada e motivada, com "faca no dente", preocupada em vender mais. O segundo é a fidelização do cliente. "Ele tem que sair extremamente satisfeito dos nossos pontos de venda, e quando digo satisfeito não é só com o produto ou com o preço, mas a experiência de compra deve ser muita boa."

"Acreditamos que a movimentação no mercado de moda é influenciada sim pela crise, mas em menor escala. A decisão de compra é diferente, não depende de atitudes grandiosas como um financiamento. Procuramos incentivar o consumidor a, mesmo durante a crise, pensar em lifestyle, qualidade de vida", afirmou Fred Wagner.

2º módulo

Gilberto Mautner, da Locaweb, e Gustavo Caetano, da Samba Tech, participaram da segunda discussão do dia. "É claro que todo mundo gostaria que o ambiente estivesse mais favorável para investir, mas isso não anula o fato de que os negócios que estão aí precisam sempre buscar ser mais eficientes, melhorar o uso de infraestrutura, aplicar recursos para que se tornem mais bem sucedidas", disse Mautner.

"Temos grandes grupos de mídia, grandes universidades e grandes empresas que usam nossa plataforma para diminuir custos. A lei é redução de custos e aumento de receitas. Onde tem os maiores problemas tem também as grandes oportunidades", contou Gustavo Caetano.

3º módulo

No terceiro módulo, Salim Maroun, CEO da Bloomin’ Brands Brasil, grupo das redes Outback e Abbraccio, e Mario Chady, fundador do Grupo Trigo, das marcas Spoleto, Domino´s e Koni, procuraram passar a mensagem de liderar pelo exemplo e o início de uma mudança no País a partir de pequenas atitudes de cada um. "É nos momentos difíceis que a linha reta, a ética e o padrão certo de qualidade fazem a diferença", disse Chady. "A gente faz o dever de casa todo santo dia, de estar sempre dentro da ética", afirmou Maroun.

Palavra final

O evento foi encerrado com a participação de Flávio Rocha, da Riachuelo, e Anderson Birman, da Arezzo. Para o findador da rede de calçados, a preocupação com a situação do País é legítima, mas é importante se desligar um pouco dos problemas conjunturais e ficar atento aos problemas internos. "O caminho para a empresa ter relevância é encontrar um propósito comum, comum ao consumidor e a empresa. Acho que a razão do sucesso de uma empresa é encontrar esse propósito", disse Rocha.

Estadão