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15/01/2016

Empresários brasileiros apostam em declínio da economia nacional, aponta estudo

Os executivos brasileiros não acreditam que o cenário econômico nacional deve evoluir positivamente nos próximos meses. É o que revela a 13ª edição do Capital Confidence Barometer, estudo realizado pela Ernst & Young (EY) no segundo semestre de 2015 com 1600 executivos de 53 países. De acordo com o levantamento, a parcela de profissionais que acredita em melhorias significativas de desempenho na economia brasileira caiu de 8% para 4% na comparação entre outubro de 2014 e outubro de 2015.

O aumento da instabilidade política local e global é considerado o principal risco para a economia nos próximos 12 meses de acordo com 42% dos respondentes brasileiros. O crescimento lento de mercados emergentes estratégicos (22%), a situação econômica e a política na zona do euro (19%), o aumento da volatilidade no preço das commodities e no câmbio (11%) e o interesse na taxa de juros de referência nos Estados Unidos (6%) foram outros pontos de preocupação mencionados. O momento de instabilidade política pelo qual passa o Brasil ainda é o principal motivo de preocupação entre os empresários.

“Assim como nas duas edições anteriores do estudo, o cenário político brasileiro encabeça a lista de preocupações dos empresários. A insegurança gerada pela falta de estabilidade do governo é preocupante, pois compromete a atratividade do País a investimentos externos e internos”, diz Gustavo Vilela, sócio de Transações Corporativas da EY.

Ao longo do último ano, o foco das empresas brasileiras migrou do crescimento para o corte de custos e ganho de eficiência operacional. Como reflexo dessa mudança, a redução de custos e melhorias das margens ganhou importância na agenda das diretorias, bem como, a análise dos portfólios, incluindo estratégia de desinvestimento.

Com relação ao mercado de M&A nos próximos 12 meses, as perspectivas são de estabilidade para dois terços dos executivos brasileiros ouvidos. O total de respondentes que aposta em aumento do número de operações caiu de 47% para 17%. Os setores que possuem maior intenção de realizar operações de fusão e aquisição são automotivo e transportes (72%), e óleo e gás (71%). O mercado doméstico é o foco de 48% das empresas no que diz respeito a operações desse tipo.

Apesar da visão aparentemente conservadora, o percentual de profissionais brasileiros que pretendem realizar fusões e aquisições vem crescendo ao longo do tempo. Para 46% dos respondentes, a probabilidades de fechar um negócio é alta. A qualidade e o número de oportunidades de aquisição são grandes para 61% e 63% dos executivos ouvidos respectivamente. Nos três casos, os percentuais são maiores do que os registrados em outubro do ano passado.

A expectativa do número de operações no pipeline das empresas é menos otimista do que a registrada no ano passado. Apenas 19% dos executivos acreditam que o número de negociações no pipeline vai crescer no próximo ano. Em outubro de 2014, o percentual era de 60%.

A redução de operações no pipeline das empresas se reflete na expectativa de fechamento de negócios. Apenas 11% dos respondentes esperam realizar um número maior de aquisições nos próximos doze meses do que o registrado ao longo do último ano. Seis meses atrás, esse percentual era de 74%.

Ampliar o market share em novos mercados é o principal objetivo da estratégia de M&A traçada por 28% dos executivos brasileiros ouvidos. Melhoria na eficiência tributária (19%), ampliação do portfólio de produtos e serviços (18%), redução de custos e ampliação de margens (14%), entrada em mercados em novas geografias (10%), adquirir talentos (6%) e acesso a novas tecnologias e propriedade intelectual (6%) foram outros fatores mencionados.

Disponibilidade de financiamento (22%) é o principal desafio para as operações de M&A no Brasil, seguida de competição entre compradores (18%), execução das operações e integração dos recursos (17%), ambiente político adverso (17%), cenário econômico adverso (15%), oportunidades insuficientes (6%), ambiente regulatório (4%) e incertezas na tributação (1%).