O que diferencia o gerente comum de um bom líder
O profissional que ingressa numa organização não busca apenas um bom salário, benefícios e condições agradáveis de trabalho. O que os profissionais almejam é reconhecimento e ascensão na carreira, principalmente em épocas de crise na qual é importante fazer a diferença dentro das empresas.
Segundo Carlos Aldan, CEO do Grupo Kronberg – empresa especialista em liderança e profissionais da linha de frente, assessment e coaching -, o desenvolvimento de um bom profissional na empresa está inteiramente ligado à relação com o líder direto, que nem sempre identifica essa característica nas novas gerações.
Os liderados costumam não se adaptar quando o diretor tem um estilo de liderança ultrapassado, do tipo que estabelece as metas e ameaça o desligamento daquele que não as cumprir. Esse tipo de líder tende a deixar um clima ruim na organização, o que favorece a perda de produtividade, engajamento e inovação.
“Demonstrar atenção, dar retornos positivos e corretivos que desenvolvam uma relação de amizade e façam a empresa perceber que sem os seus colaboradores não há evolução: isso é o que diferencia um gerente comum de um bom líder”, conclui Aldan.
Abaixo estão características que podem ajudar na identificação do profissional que é apenas um gerente comum e do líder de bom desempenho, que motiva os funcionários e promove mudanças dentro da organização
1 – Coerção. O líder coercivo tem a reputação de ser o agente de mudanças com uma orientação voltada a cortes de pessoal sem critérios claros. É propenso a criticar sem avaliar, utiliza tom de voz alto em frente a todos, os colaboradores podem se sentir desrespeitados e cria um clima de medo. Ideal quando a empresa precisa tomar medidas drásticas, mas funciona por um curto período de tempo.
2 – Empreendedorismo. Esse profissional tem paixão pelo que faz, vê oportunidade onde outros veriam problemas, é visionário, tem entusiasmo e visão clara. Esse líder também estipula padrões aceitáveis, motiva e maximiza o compromisso com as metas organizacionais. Além dessas características, também costuma dar feedback e dá espaço para a criação individual. Este estilo funciona bem em quase todas as situações. É particularmente eficaz quando um negócio está meio perdido, no limbo, precisando de uma visão inovadora.
3 – Apoio. O líder apoiador prioriza as pessoas, cria um ambiente harmonioso, possui natureza empática e resolve desentendimentos na equipe. Esse perfil é ideal quando há necessidade de construir o espírito de equipe com harmonia, melhorar o moral, a comunicação, ou reparar a confiança perdida.
4 – Democracia. O profissional democrático, quando ocupa um cargo de liderança, tem o hábito de ser bom ouvinte, por isso toma decisões de forma coletiva deixando seus colaboradores participarem de suas decisões, o que o torna flexível. Confiança, respeito e compromisso são suas premissas. Ideal para momentos em que se precisa de novas ideias e trazer a equipe e empresa para ser parte do processo decisório.
5 – Pacesetting. O líder com essa característica é aquele que exige muito de todos, principalmente dos profissionais de baixa performance, gosta de tudo bem feito em um curto espaço de tempo, e nem sempre possui uma boa comunicação com sua equipe. É obsessivo em fazer sempre o melhor e comumente chamado para esclarecer questões técnicas. Em longo prazo este perfil torna o clima organizacional ruim e os resultados não aparecem. É eficaz para a produção de trabalhos pontuais que exijam alta performance e expertise.
6 – Coaching. Profissional que delega com facilidade e é o campeão em dar feedback. Ajuda os colaboradores a identificarem seus pontos fortes e fracos os relacionando às aspirações pessoais e profissionais, além de delegar tarefas desafiadoras. Ideal para desenvolvimento de profissionais, auto-confiança e propicia inovações da equipe.
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