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Caixa terá R$ 1 bilhão para habitação

A Caixa Econômica Federal (Caixa) voltará a fazer financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança entre setembro e outubro. A idéia é liberar, inicialmente, cerca de R$ 1 bilhão até o fim do ano.
- Dependendo da demanda, o valor poderá ser elevado - disse a superintendente nacional de habitação da Caixa, Vera Lúcia Martins Vianna, ao participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal sobre direcionamento de crédito imobiliário aos estados do Nordeste.
O público-alvo, segundo Vera Lúcia, será o mutuário que não tem condições de adquirir um imóvel com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
- Para se enquadrar no FGTS a pessoa não pode ter renda familiar superior a R$ 4,9 mil e o imóvel não poder ser avaliado em mais de R$ 80 mil - explicou.
A superintendente da Caixa explicou que, em muitos casos, o mutuário não consegue se enquadrar no FGTS em razão do valor do imóvel.

Juros ficarão entre 10% e 12% ao ano

- Muitas vezes a pessoa tem renda menor de R$ 4,9 mil e deseja comprar um imóvel de R$ 100 mil. Neste caso, ela não se enquadra no FTGS - disse.

A Caixa pretende cobrar juros abaixo dos 12% ao ano nas novas operações com recursos de poupança.
- A taxa ficará entre 10% e 12% - disse a superintendente da instituição.
Nas operações feitas com recursos próprios da Caixa, os mutuários pagam juros de 12% mais a variação da Taxa Referencial (TR). Os financiamentos com recursos da poupança, segundo a superintendente da Caixa, terão prazo de 20 anos.
- No mercado, o prazo maior desses financiamentos é de 15 anos - disse.
Os empréstimos deverão cobrir até 80% do valor do imóvel financiado.