Fusões e aquisições reafirmam fragilidade da economia
A economia brasileira e de boa parte do mundo está longe de uma recuperação mais forte. Dados do primeiro trimestre mostram que o total de fusões e aquisições tanto nos mercados emergentes quanto em todo o planeta ficou muito aquém do esperado, reflexo da atividade mais fraca no período.
O valor total nos emergentes recuou para US$ 221,8 bilhões, queda de 19% em relação ao mesmo período de 2016. Os dados são da pesquisa ‘Thomson Reuters’. Foram 3.361 operações, com decréscimo de 18,7% na mesma base de comparação.
A atividade da China, apesar de ter caído 42%, impulsionou as fusões e aquisições nos mercados emergentes, com 1.306 transações, somando US$ 119,8 bilhões. O país asiático superou — e muito — os negócios no Brasil, que ficou em segundo lugar, com 108 operações, totalizando U$ 27,1 bilhões. A seguir, veio a Índia (US$ 21,3 bilhões e 380 operações).
Liderança
A consultoria Skadden liderou na assessoria dos negócios, com US$ 24,6 bilhões em transações anunciadas. Os escritórios Demarest Advogados e White & Case LLP ficaram na segunda e na terceira posição, respectivamente.
Em termos globais, as fusões e aquisições somaram US$ 777,7 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 12% em relação a igual período de 2016. No total, foram 10.433 transações, um recuo de 9% na mesma base de comparação.
O valor das operações caiu 39% em comparação ao quarto trimestre de 2016, quando totalizaram US$ 1,3 trilhão. Foi a maior desaceleração trimestral em 12 meses. Na avaliação de especialistas, esses números mostram que as economias estão caminhando a passos lentos. O Brasil está de debatendo para sair de uma recessão que dura quase três anos. Na China, o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) está abaixo de 7%, o que é pouco para a segunda economia do planeta.