Depois da greve, trabalho dobrado
Fonte: Diário do Comércio
Data: 31/08/2005
Cerca de 6,5 mil técnicos da Receita Federal do Brasil
Em Brasília, para dar agilidade aos trabalhos represados com a paralisação, a categoria vai estender por uma hora o horário de funcionamento das centrais de atendimento. Com o horário extra, elas vão funcionar das 8h30 às 15 horas.
Convênio - Muitos contribuintes e contadores, na capital paulista, aproveitaram o primeiro dia de retorno dos servidores para dar entrada nos pedidos de abertura, alteração e baixa de empresa, certidões negativas de débitos e pesquisa e baixa de débitos tributários. Somente no posto da Receita localizado na Luz, região central, foram realizados 4 mil atendimentos, ante uma média diária de 3 mil. Ontem, foram feitas 700 pesquisas ao conta corrente ? que possibilita verificar a situação tributária da empresa. Normalmente, há 400 dessas solicitações por dia.
Nos postos das entidades que mantêm convênio com a Receita para atendimento ao contribuinte, a situação não foi diferente. O Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP) fez, ontem, 230 atendimentos, ante uma média de 120
Cadastro único - Por causa da greve, o delegado da Derat da capital, Paulo Jackson, solicitou à Receita Federal do Brasil que o início da implementação do Cadastro Sincronizado Nacional ? sistema que vai permitir a troca de informações entre a Receita e a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo ? prevista para meados de setembro, seja prorrogada para o fim do mês.
A paralisação dos técnicos foi encerrada na esperança do governo negociar alterações na Medida Provisória nº 258, que criou a Receita Federal do Brasil ? fusão entre a Secretaria da Receita Previdenciária e a Secretaria da Receita Federal. Eles não são contra a fusão dos órgãos, mas querem a criação de uma carreira na superestrutura que permita a ascensão dos técnicos que tenham nível superior ao cargo de auditor fiscal. Hoje, essa promoção só pode ocorrer por meio de concurso público. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, abriu o canal de negociação e acenou com a possibilidade de mudanças na MP.