Pequena empresa fatura mais em julho
Finalmente, as micro e pequenas empresas de São Paulo começaram a sentir os efeitos da recuperação da economia e do mercado de trabalho. A pesquisa de Conjuntura do Sebrae São Paulo mostra que o faturamento do setor em julho de 2004 cresceu 2,2% na comparação com o mês anterior, embora o resultado continue negativo na comparação com com julho do ano passado, pois apresentou queda de 3,7%.
Para o Sebrae, os dados são ainda melhores quando se verifica que julho não é um mês de benefícios sazonais, ou seja, não hpa mais dias úteis que junho ou datas comemorativas que esquentem as vendas. "A pequena empresa está ávida para que o desenvolvimento do País chegue até ela", afirma o diretor superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca.
Segundo ele, o setor é o primeiro a sofrer as conseqüências da queda econômica, mas é o último a se recuperar. Daí, a necessidade, segundo ele,q ue o desenvolvimento seja de fato consistente para que as micro e pequenas possam finalmente, crescer.
Outro destaque da pesquisa é a geração de novas vagas: os pequenos negócios criaram 60 mil vagas em julho, na comparação com o mês anterior, um crescimento de 1,3% no total dos postos de ocupação. Assim, há também mais dinheiro circulando, tanto que, a partir da Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE, a massa real de rendimentos dos trabalhadores nas seis principais regiões metropolitanas do País cresceu pelo terceiro mês consecutivo e desta vez (jun/04) substancialmente: 7,1% em relação ao mesmo mês de 2003.
"Vários segmentos despertaram para a importância da pequena empresa como vetor de desenvolvimento, especialmente o governo com suas ações de apoio no campo da diminuição dos entraves burocráticos e no estímulo ao microcrédito", afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP, Alencar Burti. E, segundo ele, essas ações já tiveram reflexo no desempenho dos pequenos negócios na alta do faturamento e na geração de novos postos de trabalho.
Indústria ? O destaque do mês é novamente a indústria, que teve faturamento real em julho 3,3% acima do mês anterior e 2,7% na comparação dos últimos 12 meses. Como a pequena indústria é fornecedora das grandes corporações, o dado confirma o reaquecimento da produção industrial no País.
O comércio também registrou alta no mês. O faturamento das empresas do setor em julho ficou 3,1% acima do resultado de junho, mesmo sem datas especiais para aquecer o setor. Já na comparação com julho do anos passado, as empresas do comércio tiveram queda de 4,5%. O Sebrae destaca, entretanto, que essa diferença negativa está diminuindo. Foi de -5,8% na comparação de junho de 2004 com o mesmo período de 2003.
Fonte: Diário do Comércio