Cenário favorável estimula negócios
Apesar da retração do capital externo no pregão, a Bolsa de São Paulo (Bovespa) subiu pela terceira vez seguida na última sexta-feira, batendo novo recorde de fechamento - o 13º no ano. Mesmo assim, a bolsa avançou somente 0,59% em fevereiro, quando as aplicações em renda fixa foram as mais rentáveis (1,27%) do mercado.
Os investidores estrangeiros tiraram da Bovespa R$ 741,9 milhões em fevereiro (até dia 21). Em janeiro, o saldo de investimentos externos havia ficado positivo em R$ 2,6 bilhões. A tendência, segundo analistas, será de os estrangeiros se manterem afastados da Bovespa por algum tempo.
A lucratividade na bolsa chega a 14,5% em 2006, quando o dólar acumula perda de 7,96%. Além da expectativa de novos cortes dos juros básicos (Selic), esse comportamento deve-se principalmente a duas decisões do governo brasileiro.
Primeiro isentou os investimentos externos destinados às aplicações em renda fixa e em títulos públicos do país. Depois, o governo anunciou que deverá resgatar mais de US$ 5 bilhões em papéis da dívida externa, os chamados bradies, com vencimentos até 2012. Neste contexto, o Risco Brasil despencou mais de 80 pontos desde o começo do ano, encerrando fevereiro no seu menor nível da história: 223 pontos.
Fonte: Diário Catarinense