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21/09/2004

Elevação da Selic deve seguir até janeiro

O processo de elevação dos juros deve durar até janeiro de 2005, quando a taxa Selic chegaria a 17% ao ano, segundo projeções feitas por analistas de mercado consultados pelo Banco Central. Ao mesmo tempo, se reduziram a estimativa para o crescimento esperado no ano que vem.

Na semana passada, o BC elevou os juros de 16% ao ano para 16,25% e informou que a medida representa apenas o início de um ´processo de ajuste moderado´ na taxa´, que teria por objetivo fazer com que as metas de inflação do governo sejam cumpridas.

Antes da decisão, a pesquisa semanal de mercado feita pelo BC mostrava que a expectativa era que a taxa Selic encerrasse 2004 em 16,5% ao ano. Agora, espera-se que aumentos ocorram em outubro, novembro e janeiro -cada um de 0,25 ponto percentual. Pelas projeções dos analistas, apenas em março de 2005 o BC começaria a reduzir os juros.

Já as projeções para o crescimento da economia em 2005 recuaram de 3,6% para 3,5%. Para este ano, a estimativa média registrou um ligeiro aumento, passando de 4,31% para 4,36%.

Ainda de acordo com o levantamento, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve ficar em 7,37% neste ano -a meta foi fixada em 5,5%, com uma margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais.

A maior preocupação do BC, porém, é com a inflação do ano que vem. Segundo a pesquisa, o aumento dos preços deve ficar em 5,8%, enquanto a meta é de 4,5% -também com uma margem de 2,5 pontos. Há um mês, a estimativa para a alta do IPCA estava em 5,5%.

EMPRÉSTIMOS - As taxas de juros cobradas pelos bancos para empréstimo pessoal e cheque especial apresentam estabilidade em setembro na comparação com agosto. Segundo levantamento da Fundação Procon-SP feito com dez bancos nos dias 1, 2 e 3 deste mês, o juro do cheque especial gira em torno de 7,99% ao mês, mesma taxa de agosto. No ano, o juro do cheque especial equivale a 151,50%.

Para o empréstimo pessoal, as instituições estão cobrando taxa média de 5,14% ao mês, levemente inferior à de agosto (5,16%). No ano, chega a 82,56%. Das dez instituições pesquisadas, apenas o Banespa reduziu a taxa de empréstimos, de 5,78% para 5,60% ao mês entre agosto e setembro.

Os técnicos do Procon destacam, porém, que a pesquisa foi realizada antes da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, dias 13 e 14 deste mês, quando o juro básico da economia foi elevado de 16% para 15,25% ao ano.

De acordo com o Procon, o resultado da pesquisa mensal de taxas de juros para empréstimo e cheque especial mostra a cautela do mercado com o rumo da política monetária.

Além disso, os técnicos consideram que os juros continuam ?ainda muito elevados e não há perspectiva de redução tão cedo?. ?O consumidor deve ficar atento e não ceder aos impulsos, principalmente diante das facilidades oferecidas pelos bancos, como créditos pré-aprovados e aumentos do limite de cheque especial. Quanto maior a disponibilidade de dinheiro (crédito) em conta corrente, maior a tentação de gastá-lo e dele se apropriar como se fosse uma extensão do seu salário?, alertam.

Segundo os cálculos do Procon, a utilização de um crédito de R$ 1.000 no cheque especial, durante 30 dias, pode representar um custo de aproximadamente R$ 80.

Os bancos pesquisados foram HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.
Fonte: Diário do Nordeste