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19/05/2006

Tesouro paga títulos em abril e deixa dívida interna em R$ 1 trilhão

Brasília ? A dívida interna foi reduzida em cerca de R$ 19 bilhões entre março e abril deste ano. A redução foi alcançada porque, em março, o país resgatou cerca de R$ 47 bilhões em títulos da dívida que estavam em mãos do mercado financeiro. A redução não foi maior porque, mesmo recomprando esse títulos, o Tesouro Nacional teve de emitir mais R$ 20 bilhões em novos títulos da dívida. Também gastou cerca de R$ 8 bilhões com pagamentos dos juros.

Com a redução de R$ 19 bilhões, a dívida interna pública caiu 1,8% em abril e voltou ao patamar de R$ 1,002 trilhão. A última vez em que a dívida havia registrado redução foi em maio de 2004. As informações foram dadas pelo coordenador de Operações do Tesouro Nacional para a Dívida Pública, Ronnie Tavares, ao divulgar o relatório de abril sobre dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) e operações do mercado aberto.

Tavares afirmou que "houve forte volatilidade no mercado financeiro", na segunda quinzena de março, que se prolongou por todo o mês de abril, em razão de expectativas sobre mudanças, que não vieram, nas regras do Banco Federal (Fed) dos Estados Unidos. Com isso, caiu a procura por títulos de longo prazo, o que "também se refletiu aqui". E por isso o Tesouro Nacional teria emitido menos do que estava planejado.

Dos títulos oferecidos em leilão público, 71% dos compradores foram brasileiros, enquanto 29% ficaram nas mãos de instituições estrangeiras, e em conseqüência da elevada participação de Letras do Tesouro Nacional (LTN) nesses leilões, o prazo médio das emissões em ofertas públicas passou de 55,2 meses para 31,9 meses na comparação com o mês anterior. Mas, no geral, o prazo médio do estoque da dívida aumentou de 29,3 para 29,6 meses.

A parcela de títulos em poder do público a vencer em 12 meses subiu de 40,1% para 40,29%, o que equivale a R$ 403,98 bilhões; 25,34% (R$ 254,09 bilhões) vencerão no ano seguinte. Dos títulos a vencerem até abril de 2007, as maiores parcelas são corrigidas por juros prefixados e pela taxa básica de juros (Selic), definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Fonte: Agência Brasil