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11/08/2006

Lula critica Congresso e diz que nada mais será votado neste ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um encontro com um grupo de cientistas para criticar a atuação do Congresso. Ao final do encontro, Lula disse que não espera que o Congresso vote "nada de relevante" neste ano.

Como exemplo de projeto parado no Congresso, Lula citou aquele que cria o Fundeb (ensino básico). "Desde julho projeto está no Congresso e não vai. Quando entra interesse político-eleitoral, não é aprovado. Não sei se vai ser aprovado", disse. "Com o Congresso funcionando três dias por mês, não sei se vota."

O Fundeb libera R$ 1,3 bilhões para o ensino fundamental. O projeto que cria o Fundeb já foi aprovado no Senado, mas está parado na Câmara.

As críticas de Lula estão alinhadas com o resultado da pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem, que mostrou que o eleitorado culpa o Congresso por esquemas como o mensalão e a máfia dos sanguessugas. Os dados explicariam em parte o motivo pelo qual o presidente continua liderando a corrida pelo Palácio do Planalto.

Para 30,8% dos entrevistados, o Congresso Nacional é o responsável pelos casos de corrupção que têm sido noticiados.

Inaugurações

Lula disse que não diminuirá o ritmo de inaugurações por conta das críticas da oposição. Segundo ele, seria o "fim da picada, por conta de uma eleição, deixar de fazer o que tem de ser feito". Até o final do ano, ele disse que serão inauguradas 32 escolas técnicas.

Segundo ele, seu governo preparou o país para crescer de forma sustentada. "O Brasil vive um momento de oportunidades, de futuro excepcional. Não tivemos uma situação de solidez na economia como agora. Qualquer que seja o próximo governo, se tiver bom senso, o país estará preparado para um ciclo longo de crescimento. A situação está dada."

O presidente afirmou que o tripé de seu futuro governo será: desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade. "Se o povo entender que devemos ter uma nova oportunidade, esse será o tripé que irá permear os próximos quatro anos."

Fonte: Folha OnLine