Projeto Excelências reúne históricos de candidatos à Câmara dos Deputados
Entrou no ar no portal do iG o projeto Excelências, da Transparência Brasil, um cadastro com os históricos de todos os candidatos que buscam reeleição à Câmara dos Deputados, e mais ex-ministros, ex-senadores, ex-governadores e ex-prefeitos de capital que tentam eleger-se deputados federais.
Os históricos de cada candidato incluem apenas dados de domínio público. O projeto Excelências colige e apresenta essas informações num lugar só. Os dados incluem:
* Dados pessoais básicos e funções públicas que os candidatos exerceram.
* Informações sobre o desempenho legislativo dos candidados, como faltas, votações, uso de verbas de gabinete, emendas ao Orçamento apresentadas nos últimos anos.
* Declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral.
* Doadores de campanhas eleitorais passadas (2002 e, no caso daqueles que se candidataram a prefeito em 2004, também estes).
* Principais menções publicadas na imprensa em que o candidato aparece ligado a algum caso de corrupção.
* Referência dos processos (a partir da segunda instância) em que o candidato é indiciado como réu na Justiça Federal, nos tribunais superiores, na Justiça Eleitoral, nos Tribunais de Contas.
No lançamento, o Excelências inclui 150 candidatos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que são os três principais colégios eleitorais do país. A partir daí, serão introduzidos candidatos de um estado por dia, em média, completando o cadastro até o final do mês de agosto.
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Tendo o vista a inclusão, nas chapas partidárias que concorrerão às eleições de outubro, de todos os implicados nos escândalos recentes, a Transparência Brasil exorta o eleitor a não votar em mensaleiros, sanguessugas e implicados em outros escândalos.
Alvos de processos movidos pelo Ministério Público, indivíduos responsáveis tanto pela distribuição quanto pela recepção de subornos buscam na reeleição proteção contra a Justiça.
Para essas pessoas - e para os partidos que as acolhem - a eleição funcionará como salvo-conduto para procrastinar o julgamento pelos seus atos.
Cabe ao eleitor barrar-lhes essa saída, negando-lhes o voto, até que sejam julgados. Caso inocentados, então poderão apresentar-se de cara limpa ao eleitorado.
O mesmo vale para os inúmeros políticos que se abrigam nas mais diferentes legendas estaduais, e que respondem a processos judiciais, todos protegidos pela imunidade parlamentar, por delitos que variam de improbidade administrativa a assassinatos, tráfico de drogas, roubo de cargas, contrabando e todo um rol de crimes capitulados no código penal.
Recuse-se a votar neles.
Não vote em mensaleiro.
Fonte: Transparência Brasil