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29/09/2006

Burocracia e corrupção reduzem competitividade

SÃO PAULO - A burocracia governamental ineficiente e a predominância da corrupção estão entre os fatores que resultaram na queda do Brasil no Índice de Competitividade Global (Global Competitiveness Index) do Fórum Econômico Mundial. O país, que passou da 57ª para a 66ª posição no ranking de 125 países, não está crescendo na mesma velocidade que outros mercados emergentes, como Índia, Rússia e China, segundo mostrou o relatório 2006-2007. Os dados foram revelados, ontem, na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo, pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) e a Fundação Dom Cabral (FDC), com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). A queda em nove posições ocorreu, principalmente, em indicadores de fatores básicos, como infra-estrutura, saúde e educação e a macroeconomia, esta última posicionada em 114o lugar. Mas a competitividade brasileira também foi minada pelas altas taxas de juros e pelos altos índices de endividamento público. O professor Carlos Arruda, da FDC, citou ainda, na apresentação dos dados, outros fatores críticos, como a carga tributária, que ocupou o último lugar (125) no ranking, e o spread bancário - quanto os bancos ganham com a movimentação bancária, que é o mais alto do mundo. ?O Estado brasileiro não tem conseguido gerar um ambiente de negócio que proporcione a competitividade?, afirmou o diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo, José Fernando Mattos. Dentro das questões como burocracia e da ineficiência, ele citou a legislação trabalhista como um dos entraves. O relatório mostrou ainda que quanto mais competitivo o país maior e melhor é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A diretora da Usaid no Brasil, Jennifer Adams, também destacou a importância da competitividade para o crescimento do país. Mesmo com a queda no ranking do Global Competitiveness Index, o Brasil vem melhorando em alguns itens. Para a maioria dos presentes no evento, o país detém uma comunidade de negócios desenvolvida e sofisticada. ?O Brasil tem um potencial enorme, e é, por exemplo, prioridade para as empresas globalizadas?, disse o diretor da indústria de eletrodomésticos GE, Alexandre Silva. A Suíça assumiu a liderança no ranking mundial, seguida da Finlândia e Suécia. Os Estados Unidos, que estavam na primeira posição, em 2005, agora estão em sexto. Completam a lista das dez melhores posições a Dinamarca, Cingapura, Japão, Alemanha, Holanda e Reino Unido. O estudo envolve diversos aspectos de ordem econômica, alguns deles subjetivos, medindo a opinião de executivos. No Brasil, foram ouvidos cerca de 200 líderes empresariais.

Fonte: Correio da Bahia