BR é 70º no ranking de liberdade econômica
São Paulo- Em um ranking que avalia o grau de liberdade econômica de 157 países, o Brasil ficou com a 70 posição, segundo pesquisa ''Index of Economic Freedom 2007'' (''Índice de Liberdade Econômica 2007'') elaborada pelo instituto americano Heritage Foundation em parceria com o diário ''The Wall Street Journal'' e divulgada ontem.
O Brasil tem 60,9% de liberdade em sua economia, segundo a pesquisa (uma diferença de 0,8 ponto percentual em relação ao índice de 2006). Ou seja, no ranking geral, o Brasil fica no primeiro pelotão, na metade que reúne os países economicamente mais livres.
Segundo a pesquisa, o Brasil tem taxas moderadas de impostos -tanto para pessoas físicas como para empresas- e a participação dos impostos na receita do país não é tão grande, em termos de proporção do PIB (Produto Interno Bruto), como no caso dos países vizinhos.
No entanto, o país sofre com uma burocracia ''altamente ineficiente e corrupta'', que reduz as liberdades para negócios e investimentos. ''O sistema Judiciário é ineficiente e sujeito à corrupção, como outras áreas do setor público'', diz o documento. ''Devido à grave inflexibilidade regulatória, abrir um negócio demora mais de três vezes a média mundial.''
''O sistema fiscal confuso, as barreiras ao investimento estrangeiro, a gestão governamental da maior parte dos setores elétrico e de petróleo e de uma parte significativa do sistema bancário, o Judiciário fraco e um sistema regulatório complicado'' estão entre os principais obstáculos à liberdade econômica do Brasil, diz o estudo.
Entre os BRICs (grupo de economias emergentes), no entanto, o Brasil é o primeiro, seguido no ranking geral pela Índia (104º lugar), China (119º) e Rússia (120º).
A pesquisa considera dez categorias de liberdade econômica na pesquisa: nos negócios; no comércio; liberdade fiscal; de intervenção do governo; monetária; de investimentos; financeira; de corrupção; do trabalho; e direitos de propriedade.
A melhor classificação do Brasil é na categoria de liberdade em relação à intervenção governamental, com 88,8% -mesmo assim, nesse tópico, o Brasil fica em 25º. O 1º colocado do ranking geral, Hong Kong, fica em 7º nessa categoria -quem lidera a lista nessa categoria são os improváveis Guatemala (1º) e Haiti (2º).
Fonte: Folha de Londrina