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19/10/2004

Mercado aposta em alta de 0,25 na taxa Selic

As empresas e instituições financeiras do mercado, consultadas semanalmente pelo Banco Central, continuam apostando que o Comitê de Política Monetária (Copom) manterá sua política de elevação gradual da taxa básica de juros até o final do ano. De acordo com pesquisa divulgada ontem, os agentes consultados acreditam que o Copom elevará a taxa Selic esta semana em mais 0,25 ponto porcentual. Até dezembro, a taxa básica de juros deverá chegar a 17% ao ano. Hoje, a Selic está em 16,25%.

Essa aposta no gradualismo, a despeito da evolução negativa dos preços do petróleo no mercado internacional, está ancorada no comportamento previsto pelos analistas para a inflação no País. A alta de preços projetada para 2005, por exemplo, continua em 5,81%, acima do novo foco buscado pelo BC mas dentro ainda do intervalo de variação fixado pelo governo. Para os próximos 12 meses, os analistas também continuam apostando que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice utilizado pelo BC no sistema de metas de inflação, acumulará uma alta de 6,17%.

O cenário para a inflação em 2004, entretanto, ainda não é estável. Depois de reduções nas estimativas, os analistas elevaram de 7,13% para 7,16% a projeção para a alta que deverá ser acumulada pelo IPCA este ano. No curtíssimo prazo, as indicações são de que a inflação este mês será de 0,45%, e de 0,58% em novembro.

Mesmo com o quadro nebuloso em relação ao preço do petróleo e suas conseqüências, as empresas e instituições financeiras consultadas pelo BC apostam que, ao longo de 2005, o Comitê de Política Monetária irá promover cortes na taxa Selic. De acordo com a pesquisa, depois de atingir 17%, ao final de dezembro de 2004, a taxa básica de juros cairá para 15,5% até o final de 2005. Se o cenário traçado transformar-se em realidade, o Copom promoveria no próximo ano um corte máximo de 1,5 ponto porcentual na meta da Selic.

Crescimento econômico

As perspectivas em relação ao crescimento da economia, por sua vez, continuam em alta. Pelos cálculos dos analistas, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá em 2004 a uma taxa de 4,53% seguido de uma alta de 3,60% em 2005. O comportamento da indústria segue essa tendência projetada para a economia como um todo. A estimativa para a taxa de crescimento da produção industrial em 2004 foi elevada de 6,55% para 7,18%. Para 2005, o setor deverá aumentar sua produção em 4,50%, também acima dos 4,10% estimados na pesquisa passada.

Os demais indicadores econômicos projetados na pesquisa mantiveram as perspectivas de movimento positivo. Para a balança comercial, por exemplo, os analistas elevaram de US$ 32,3 bilhões para US$ 32,5 bilhões o superávit estimado para este ano.

Para 2005, o saldo projetado foi mantido em US$ 27,08 bilhões. Do lado das contas externas, os analistas acreditam que o Brasil fechará o ano de 2004 com um saldo positivo de US$ 9,5 bilhões nas suas transações correntes com o resto do mundo. Para 2005, o superávit projetado é menor - US$ 3,52 bilhões - mas, ainda sim, bastante favorável.

Balança comercial tem as maiores médias diárias

Brasília (AG) - A balança comercial de outubro já registra as maiores médias diárias de exportação e importação de 2004. A média exportada até a terceira semana deste mês é de US$ 465 milhões e a importada, de US$ 294,5 milhões. Esses números se devem ao resultado da semana passada, quando o comércio exterior brasileiro apresentou um superávit de US$ 304 mihões (US$ 1,590 bilhão em exportações e US$ 1,286 bilhão em importações).

Com isso, a balança comercial brasileira acumula um superávit de US$ 26,8 bilhões em 2004, graças a exportações de US$ 74,9 bilhões e importações de US$ 48,1 bilhões. Somente em outubro, o saldo positivo está em US$ 1,7 bilhão, com vendas de US$ 4,6 bilhões e compras de US$ 2,9 bilhões.

As exportações cresceram mais de 40% até a terceira semana de outubro em relação ao mesmo mês em 2003. Isto porque houve aumento nas vendas de todas as categorias de produtos. Os manufaturados, por exemplo, tiveram um acréscimo de exportações de 60,2%. Entre essas mercadorias estão embarcações, automóveis, motores para veículos e autopeças.

No caso dos semimanufaturados, as vendas subiram 24,4% em relação a outubro de 2003 graças aos semimanufaturados de ferro ou aço, açúcar em bruto, celulose e couros e peles. Na categoria de produtos básicos, o que mais se destacou foi a soja, com um crescimento de 17,4%.

As importações também subiram na terceira semana de outubro sobre o mesmo mês no ano passado. O aumento foi de 34,7%. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ampliaram-se principalmente os gastos com combustíveis e lubrificantes (86,2%), adubos e fertilizantes (85,7%) e químicos orgânicos e inorgânicos (48,8%).

Fonte:CFC