Empresários mineiros se preparam para a Lei Geral
Belo Horizonte - À medida que se aproxima a entrada em vigor o capítulo tributário da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, empresários mineiros buscam informações e avaliam os benefícios de aderir à nova legislação. Em Minas Gerais, o contador Edvar Campos já fez as contas e viu que seu escritório pagaria menos R$ 32,5 mil em impostos se a lei estivesse valendo em 2006. ?Para a minha empresa, a economia representa um bom fôlego?, diz.
O exercício foi feito também para os clientes de Edvar, a maior parte do setor de comércio e serviços. ?Percebemos que, na maioria dos casos, as empresas saem ganhando?, conta. ?Quando se diz que o governo vai mudar os impostos, já esperamos que haja um aumento da carga. Desta vez não?, observa José Luiz Campos, varejista de roupas da capital mineira. Para ele, a previsão é de uma pequena queda no valor total dos impostos pagos, de 1%.
No Estado, o crédito presumido de ICMS para as empresas que compram de pequenos negócios tem aumentado sua competitividade. No entanto, o benefício terá de acabar. ?Essa é uma das questões a serem resolvidas pelo Comitê de Implementação da Lei Geral em Minas. A lei abre espaço para acrescentarmos as vantagens estaduais?, avalia o consultor de políticas públicas do Sebrae em Minas Gerais Jefferson Amaral.
Os setores ligados à tecnologia e inovação também aguardam os efeitos da nova lei. O empresário do setor de telecomunicações Horácio Pereira já contou com recursos de editais de incentivo à pesquisa em pequenas empresas por duas vezes. ?Foi essencial, estamos desenvolvendo parte da solução do produto, que é comprada de fora, dentro da empresa?, explica.
Na empresa de desenvolvimento de software de Francisco Cardoso, em Belo Horizonte, o recurso tem ajudado a dar saltos de crescimento. ?Nos primeiros dois anos nós investimos diretamente no desenvolvimento do produto, um software para a área de meio ambiente?, conta o empresário.
Há um ano o empresário descobriu a possibilidade de pleitear recursos públicos que tem o objetivo de desenvolver a pesquisa na iniciativa privada. ?Antes só víamos verbas para as universidades. Quando o investimento para a pequena empresa aumenta, podemos prever um futuro brilhante para elas?, acredita Cardoso.
Fonte: Agência Sebrae