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14/06/2007

Câmara começa a votar hoje a reforma política

BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados inicia nesta quarta-feira a votação da reforma política. O presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), convocou duas sessões extraordinárias para debater o projeto: a primeira, a partir das 9 horas, e a segunda, às 15 horas.

Ele destacou que " todos os líderes partidários terão tempo igual de 10 minutos para falar sobre a matéria". "Teremos muitas horas de debates e, ao final, vamos votar aquele que é o ponto de maior divergência entre nós (deputados) e, creio, também na sociedade, que diz respeito à lista pré-ordenada de candidatos."

Ontem, diversos partidos reuniram suas bancadas para discutir o projeto da reforma política e definir posição. O líder do PP, deputado Mário Negromonte (BA), informou que na avaliação da bancada alguns pontos precisam ser amadurecidos, como as listas pré-ordenadas e o financiamento público de campanha, que " a população não aceita " . O partido, disse, é favorável à aprovação de pontos como a fidelidade partidária e a cláusula de barreira.

O líder do PSDB, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), disse que seu partido apóia o fim das coligações proporcionais e a fidelidade partidária, mas está dividido em relação à aprovação da lista pré-ordenada. " Pretendo, por meio do diálogo, conseguir maioria em torno dos pontos a serem votados, favorável ou contrária à aprovação. Vou encaminhar as votações de acordo com essa maioria, mas não faz sentido fechar questão nessa matéria " , acrescentou, e informou que a reunião da bancada será às 9 horas.

A bancada do PT também se reunirá com integrantes da Executiva Nacional, a partir das 9 horas, na sede do partido. Segundo o líder, deputado Luiz Sérgio (RJ), o Diretório Nacional já tomou posição em relação a alguns pontos da reforma política. " A maioria da bancada está muito afinada com a resolução que o Diretório Nacional, favorável à aprovação do financiamento público de campanhas e da lista pré-ordenada " , afirmou.

Luiz Sérgio informou ainda que o PT não vai fechar questão nessa votação. " Isso soa a imposição e esse nunca é o melhor caminho no processo político. O melhor é o diálogo e o convencimento " , notou.

Fonte: Valor Econômico