icon
(47) 3326-3677

Blumenau / SC

icon
Atendimento

Segunda à Sexta
8h às 12h - 13h às 17h30

icon
Área Restrita

Exclusiva para Clientes

14/06/2007

PIB não muda classificação de risco do Brasil

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, que ficou abaixo das expectativas, não vai atrasar a promoção do Brasil ao grau de investimento. Segundo Lisa Schineller, diretora de Risco Soberano da Standard & Poor's, o crescimento de um trimestre não muda a avaliação da agência. 'Nós observamos tendências de médio prazo. Além disso, o crescimento do trimestre ainda está em linha com a nossa projeção para o ano, de 4%.'

Lisa ressalta que o crescimento é apenas um dos fatores observados pelas agências de classificação de risco, ao lado de vulnerabilidades fiscais e externas, por exemplo. 'Se houvesse redução significativa no crescimento do PIB no ano, aí sim poderia haver alguma influência na avaliação', diz Lisa. Ela reconhece que o crescimento do Brasil está abaixo do registrado em países com mesma classificação.

Mauro Leos, vice-presidente da agência de classificação de risco Moody's, a única que ainda não revisou a avaliação do Brasil, também destaca o baixo crescimento nos últimos anos. 'Enquanto a média dos demais países está acima de 5%, a do Brasil tem ficado em torno de 3%.'

Por isso, a evolução do PIB brasileiro não tem tido participação muito positiva para elevar a classificação de risco. 'Um crescimento mais robusto da economia ajuda a melhorar diversos indicadores, incluindo os relacionados ao endividamento do País', afirma Leos, destacando a importância de um crescimento sustentável.

O analista elogiou os avanços do País, especialmente na área externa. Na dívida interna, porém, ele alertou para a necessidade de avanços. Segundo ele, o Brasil ainda tem muitos indicadores que estão longe dos apresentados por países que já conseguiram o grau de investimento. 'O único indicador semelhante ao de países com grau de investimento é o de reservas (internacionais).'

Fonte: Estadão