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26/10/2004

O lucro e o papel social das companhias

Na semana que passou participei de um jantar oferecido por uma ONG de empreendedorismo para angariar fundos. Sucesso total, casa lotada e uma parcela significativa do PIB presente. Entre momentos de network, vídeos apresentando as realizações da ONG e de seus empreendedores e muita celebração, uma coisa se destacou e ficou martelando em minha mente: o discurso do presidente do conselho da ONG, um dos principais mentores da mesma e um dos maiores empresários do país. Disse ele muito corajosamente: o papel social das empresas é o lucro!

 

Se estivéssemos em um congresso da CUT ou mesmo em alguma reunião ministerial em Brasília em tempos de PT no poder, talvez houvesse um mal-estar geral e posteriores desmentidos, notas e um mundo de fuxicos. Mas não, estávamos num ambiente empreendedor, repleto de banqueiros, industriais e toda a sorte de empreendedores bem- sucedidos. Um ambiente capitalista com certeza.

Ainda assim, mesmo considerando o público, achei a franqueza e a maneira direta com que o presidente da ONG se posicionou muito ousada, para dizer o mínimo. E apropriada, penso eu. Ele explicou o que pensa: "apenas empresas que têm lucro, muito lucro, podem posteriormente ter algum papel social de fato. Temos que incentivar o brasileiro a criar empresas e a querer lucro, muito lucro." Só assim, acredita ele, poderemos mudar o estado de coisas em nosso país.

Costumo argumentar que empreendedorismo é o melhor e mais curto caminho para o desenvolvimento do país e conseqüentemente para a criação de riqueza e para uma distribuição de renda mais justa. Várias vezes fiz o exercício de mostrar como programas governamentais não funcionam e, mesmo que funcionem, como não há dinheiro suficiente para financiá-los. E não falo apenas de Brasil. A conta não fecha na Aleman
Fonte: Valor On Line