Problemas nos EUA continuam prejudicando empresas
NOVA YORK - O aumento na inadimplência de empréstimos imobiliários nos Estados Unidos continua trazendo conseqüências para empresas e instituições financeiras que operam no país. Nesta quarta-feira, 22, a empresa de hipotecas Accredited Home Lenders Holding, especializada em empréstimos de risco (subprime), anunciou que parou de receber pedidos de recursos e que vai cortar 1.600 empregos. A companhia citou as turbulências no setor como motivo das decisões.
A Accredited informou que vai fechar substancialmente todos os seus negócios de empréstimos de varejo e cinco de suas 10 divisões de financiamentos no atacado a partir de 5 de setembro. A companhia vai honrar os atuais compromissos de empréstimos e pretende retomar a oferta de financiamento quando as condições do mercado permitirem.
"Estas decisões difíceis foram tomadas a partir da necessidade gerada pela continuada e muito divulgada turbulência nos mercados de hipotecas e finanças. As decisões foram tomadas com um peso no coração", disse o presidente-executivo da empresa, James Konrath, em comunicado.
Não ficou imediatamente claro como os cortes afetarão a tentativa da Accredited de salvar sua aquisição pela empresa de investimentos Lone Star Funds, por US$ 400 milhões. A Accredited não retornou imediatamente pedidos de comentários.
HSBC
Além disso, a unidade norte-americana de hipotecas do HSBC informou, também nesta quarta, que irá fechar um escritório no Estado norte-americano de Indiana. A decisão vai afetar 600 empregos.
O HSBC fechará o escritório em Carmel, Indiana, até o final do segundo trimestre de 2008, informou o porta-voz do banco, Michael Trevino. Segundo eles, os funcionários poderão concorrer a outras vagas dentro da instituição financeira.
Os problemas no mercado de crédito forçaram o HSBC, maior banco da Europa, a reestruturar suas operações com hipotecas e a reservar de US$ 1,7 bilhão relativos a perdas com empréstimos geradas no primeiro trimestre.
Uma prolongada crise no mercado imobiliário norte-americano já resultou no corte de quase 88 mil empregos no setor de serviços financeiros, informou a consultoria Challenger, Gray & Christmas, nesta semana.
Fonte: Agência Estado