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13/09/2007

"Não dá para soltar foguetes"

O crescimento de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado, ficou acima das expectativas da maioria dos economistas, que esperavam expansão entre 4% e 4,7%.

"O crescimento foi bom, mas não há motivos para soltar foguetes, pois a alta está muito centrada na demanda interna, beneficiada pela forte expansão do crédito", afirmou Tharcísio Souza Santos, diretor do MBA da Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP-MBA).

Emilio Alfieri, economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), chamou a atenção para o fato de o aumento ter ocorrido sobre uma base baixa, já que no segundo trimestre de 2006, a expansão foi de apenas 1,5%. "Mas o resultado é expressivo, pois tira o Brasil da mediocridade de crescimento dos últimos anos. O desafio será manter essa expansão", afirmou.

Paulo Francini, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse que a surpresa foi o desempenho da indústria de transformação (alta de 7,2%). "O segmento foi o indutor do crescimento da economia, já que avançou mais que o PIB. "Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, a indústria de transformação deve continuar puxando a expansão até dezembro.
 
Fonte: Diário do Comércio - SP