Sem CPMF, nota de risco soberano do País pode cair
O impacto, na classificação de risco do Brasil, da eventual não renovação da CPMF dependerá da reação do governo, disse ontem, em Nova York, o diretor-gerente da Fitch Ratings para Riscos Soberanos, Rafael Guedes. A redução do superávit primário teria implicações negativas para a classificação do País, adverte.
Como reação à perda de receita, o governo teria como opções o corte de gastos, a elevação de impostos e redução do superávit primário. A elevação de impostos teria impacto no crescimento do País, observa. O PIB menor é negativo para a relação dívida pública/PIB. A redução do superávit primário afetaria a dinâmica da dívida de forma ainda mais direta, pois "aumenta diretamente o déficit nominal".
Para Guedes, a melhor opção é a redução de gastos. Mas ele vê pouco espaço porque o corte ficaria concentrado nos gastos discricionários. Nesse caso, haveria necessidade de combinar corte de custos com outras medidas. São essas outras medidas que as agências de risco, no geral, vão aguardar para ponderar o impacto no risco do País.
Fonte: Estado de S.Paulo