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15/05/2008

As empresas brasileiras e os atrasos da Justiça

15 de Maio de 2008 - "Que você consiga tudo o que quer", diz o provérbio chinês. As empresas brasileiras clamam por uma Justiça mais célere, problema particularmente grave em São Paulo, onde o tempo de julgamento de ações judiciais é o segundo pior do País. Mas o que aconteceria se todas as demandas empresariais que foram parar na Justiça tivessem desfecho imediato?
A resposta depende de o quão confortável o mercado, entidade de humores instáveis, ficaria com uma montanha de vários bilhões de reais se movimentando rapidamente nos balanços das companhias. A estimativa mais recente a respeito, levando em conta os dados das demonstrações financeiras das dez maiores companhias de capital aberto em 2004, aponta o comprometimento de R$ 59 bilhões com demandas judiciais.
As empresas, especialmente as de capital aberto, devem fazer uma análise das ações judiciais em que estão envolvidas, separando os recursos para o pagamento dos litígios nos quais a chance de perda é grande. Essas reservas têm o nome técnico de provisões e contingências, e são definidas a partir de um rigoroso exame dos documentos de cada processo. Essas informações foram publicadas em jornais de grande circulação até o dia 31 do mês passado.